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22/08/2010 23h54 - Atualizado em 23/08/2010 00h04
Empresário brasileiro viaja até a Bolívia para recuperar carro roubado
Veículo de luxo foi roubado no Brasil por um ladrão especialista.
Empresário investigou a quadrilha e retomou o automóvel por conta própria
Sidney Jorge Batista da Silva é ladrão, especialista no furto de carros importados de luxo, que foi preso com a ajuda de Osvaldo Fonseca Filho, que não é da polícia, é uma vítima. O empresário, dono de uma loja de veículos no Rio de Janeiro, começou uma investigação por conta própria.
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“Tudo começou no dia 1º de dezembro. Ele entrou, pegou a chave, furtou o veículo e foi embora. Comecei a investigar pela internet todas as modalidades de furto do país e todas as modalidades me levavam a uma única pessoa, que era o Sidney Jorge”, conta o empresário.
Fotos foram tiradas em uma ação do bandido em São Paulo. Sidney Jorge chega a uma concessionária em um carro de luxo, como se fosse um cliente. Distrai o vendedor e 23 minutos depois, sai calmamente, sem que ninguém imagine que ele está levando a chave de um dos veículos. Retorna às 23h30, arrebenta a porta de vidro e em um minuto, sai com o veículo roubado.
A ficha criminal de Sidney Jorge tem início em 1989. Ele já esteve preso outras oito vezes, sempre pelo mesmo tipo de crime.
Imagens mostram outro furto. Ele entra em um estacionamento rotativo como se fosse dono de um dos carros. Finge que fala ao celular e, em seguida, sai com uma caminhonete de luxo. São 20 anos enganando a polícia de vários estados.
“Nós temos notícia de Santa Catarina, Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Minas Gerais”, aponta o delegado Jairo Magalhães.
Agora, ele está detido na delegacia de roubos e furtos de Curitiba.
Mesmo com Sidney Jorge atrás das grades, o empresário Osvaldo Filho não descansou. O bandido negou o roubo e o carro continuava desaparecido.
“Todos os estudos que fiz me levavam para a Bolívia, que era o caminho mais prático, mais certo”, relata o empresário.
Por que a Bolívia era o caminho mais certo? A dica veio de um policial de São Paulo que também investigava Sidney Jorge. Segundo o agente, o criminoso fazia parte da quadrilha que mais atravessava carros para o país vizinho.
“Eu falei ‘como que eu vou sozinho para Bolívia, rodar lá’? Numa conversa com uma pessoa que tem um parente que é fazendeiro na Bolívia, ele me disse, 'eu posso ver para o meu primo que mora lá, ver, porque é carro muito difícil'. Através dessa pessoa, ele me ligou, falou ‘há dois carros desse aqui’”.
“Minha filha mais velha foi me levar no aeroporto e me segurou para que eu não fosse porque era, era não, é muito arriscado”.
O empresário partiu no mesmo dia rumo a Santa Cruz de la Sierra, para encontrar o informante. “Até ali eu estava com muito medo, porque poderia ser um golpe, poderia ser um sequestro, armado para mim. Fomos para um lugar deserto, e de repente ele parou o veículo em uma escuridão e falou 'precisamos caminhar agora. Quando chegar em um determinado ponto onde está o veiculo, te dou sinal com a mão, você olha para sua esquerda que eu não posso ficar caminhando, não posso ficar parado aqui'”.
Osvaldo foi com os policiais até uma oficina onde o carro estava escondido: “Estamos aqui recuperando, felizmente, o carro que foi roubado em dezembro de 2009.
No local, os policiais descobriram que o carro tinha sido roubado por 12 kg de cocaína. O veículo foi levado na hora para uma delegacia da polícia boliviana, mas a recuperação não seria tão simples assim.
“Eles me fizeram uma proposta: se eu tinha interesse em liberar o veículo para trazê-lo para o Brasil. Inclusive eles fariam uma escolta, para trazê-lo de Santa Cruz para Corumbá. Eu disse que tinha, mas perguntei quanto que custaria. Eles falaram US$ 10 mil. Mas eu não tinha condições de dar US$ 10 mil, e o carro é meu. Ai fizemos um acordo de US$ 5 mil dólares”.
Segundo Osvaldo, a negociação tomou outro rumo com a chegada de um deputado e um senador bolivianos: “Esses políticos chegaram lá, e falei pronto, não saio daqui hoje, não saio daqui vivo. O policial voltou e disse que teria que devolver meu dinheiro. Quando perguntei porque, ele disse que havia chegado uma ordem para não liberar o meu carro, porque ele era uma encomenda para um coronel de La Paz”.
Osvaldo só conseguiu reverter a situação quando ameaçou contar que estava sendo vítima de extorsão. A viagem entre Santa Cruz de la Sierra e Porto Suarez foi feita com uma escolta de policiais armados, e durou 16 horas. Porto Suarez fica ao lado de Corumbá, no Brasil, na fronteira entre os dois países.
Mas os momentos de tensão não tinham terminado: “Além desta que estava comigo, chegou uma outra equipe que pertence a Porto Suárez, dizendo que eu tinha que acompanhá-los até a delegacia para fazer mais uma liberação para entrar no Brasil. Quando cheguei lá, era a imprensa boliviana que estava esperando para filmar o veículo e os policiais, como se eles que tivessem apreendido o veículo, tivessem fazendo uma parceria com o Brasil para apreender veículos brasileiros e fazê-los voltar para o Brasil”.
A imprensa local noticiou o caso com destaque.
Valeu a pena enfrentar todo esse perigo por um carro que custa R$ 300 mil?
“Se você me perguntasse se eu faria de novo, talvez. Mas é muito difícil, porque causei um transtorno muito grande para minha família. Quando reencontrei minha família foi uma festa”
Mas ainda faltava um detalhe. Na madrugada de sábado, 21 de agosto. A história chega ao fim. O carro de Osvaldo retorna ao Rio de Janeiro, 263 dias depois do roubo, em um caminhão-cegonha. Foram mais de 6,3 mil horas de agonia para o empresário.
“É uma coisa inacreditável. É um pesadelo que se transformou em um sonho. Acho que vou usar o carro um tempo. Já que o ladrão pode usar, eu que sou o proprietário acho que tenho o direito de curtir um pouquinho o carro”.
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2 comentários:
este resgate narrado pelo empresário ;fez me lembrar um filme antigo que se passa em VERA CRUZ divisa dos estados unidos com o mexico; é difícil para nós brasileiros vermos o nosso presidente ,abraçando o presidente da bolivia e para resgatar um carro de nossa propiedade te que pagar um esgate em dolares;é melhor negociar com os criminosos do que agir na forma da lei ;não tem lei igual ao foilme vera cruz......
Ben Trane, ex-coronel das tropas confederadas, perdeu suas terras na Louisiana, durante a Guerra da Secessão. Sozinho, foi para o México em busca de aventura e fortuna. Como seu cavalo feriu-se e teve que ser sacrificado, continuou a pé até encontrar o pistoleiro Joe Erin. Este, vende-lhe um cavalo roubado do Exército Mexicano. Descobertos pela tropa, são perseguidos e conseguem fugir saltando a cavalo sobre um despenhadeiro. Juntos, seguem viagem até se encontrarem com um grupo de pistoleiros chefiados por Erin. Trane acaba se aliando a Erin e seus capangas, que vão se encontrar com representantes dos rebeldes "Juaristas" e das tropas invasoras da França. O grupo acaba juntando-se ao exército do Imperador Maximiliano pensando obter um bom lucro, alugando suas armas. Durante um festa de gala no palácio de Maximiliano, o grupo de pistoleiros invade o palácio e promove grosserias e cenas bizarras, próprias de pessoas de baixa categoria. Nesta ocasião, Trane e Erin fazem uma demonstração de suas habilidades no manejo de armas, impressionando Maximiliano. Logo após, são incumbidos pelo Imperador de escoltar a condessa Marie Duvarre até o porto de Veracruz, de onde partirá para a França. Junto, vai uma tropa de lanceiros franceses, chefiados pelo braço direito de Maximiliano, o Marquês Henri de Labordere, o que faz com que os dois mercenários desconfiem que a carruagem da condessa esconde uma carga valiosa. Ao atravessarem um rio, notam que o sulco, produzido na areia pela carruagem, é muito mais profundo que os das outras carroças da caravana, dando-lhes certeza da sua desconfiança. Os rebeldes Juaristas também tinham a mesma desconfiança, por isso, atacam a caravana em diversas oportunidades, durante o trajeto. Para piorar a situação, instaura-se um clima de desconfiança mútua e traição, onde todos pretendem ficar com a fortuna só para si. Ao chegarem ao porto de Veracruz, dá-se o confronto final entre os Juaristas e as tropas de Maximiliano.
O filme foi inteiramente rodado no México, mostrando locações belíssimas, inclusive quando a caravana passa pela Pirâmide do Sol, no sítio arqueológico de Teotihuacán. Abaixo, fotos da Piramide del Sol e da Calzada de los Muertos, em Teotihuacán, onde foram rodadas algumas cenas.
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