29 de outubro de 2011

Alunos detidos querem PM fora da USP e liberação da maconha no Brasil


Maconha
“Acho que temos que debater a liberação da maconha. Toda a violência aconteceu por causa de uma quantidade ridícula da droga. É um debate que envolve gerações na universidade. Sou defensor da legalização da maconha”, disse o aluno de 21 anos.
"A PM não é preparada para lidar com estudante universitário
Aluno de 22 anos detido pela PM na USP
“Eu acho que a proibição da maconha é uma hipocrisia total. O álcool gera mais mal, brigas e mortes no trânsito e é liberada porque gera muito mais dinheiro. Historicamente, a maconha foi proibida nos Estados Unidos como preconceito e hoje tem diversas pesquisas científicas [sobre seu uso]. O problema social da maconha é o tráfico que foi criado por causa da proibição”, disse o aluno de 22 anos. “Só espero que esse fato sirva de momento para a galera pensar".

PM
“Acho que é preciso debater presença da PM no campus. O problema maior é a repressão. Está um clima quase de perseguição. Pessoas que estavam estudando no gramado de Geografia ou dormindo lá estão sendo abordadas”, disse o aluno de 21 anos.

“Eu sou contra a PM estar na USP, não faz menor sentindo. Tinha 70 anos que não tinha PM. A PM já fazia ronda na USP e fazia batida na época do latrocínio. Mas a PM não é preparada para lidar com estudante universitário. A PM age de forma truculenta, inclusive com professores. É um espaço para ter liberdade de discutir uma série de coisas. A PM lá quer inibir várias discussões”, disse o aluno de 22 anos.

A detenção dos universitários por volta das 18h desta quinta deu início a um protesto de 300 alunos contrários à ida dos suspeitos para uma delegacia e à presença da polícia no campus. Enquanto os três eram levados, houve bate-boca e alunos jogaram um cavelete nos policiais. Houve confronto com a PM, que usou cassetetes, spray de pimenta, bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral para dispersar a manifestação. Os estudantes revidaram com pedras. Um carro da Polícia Civil e outros cinco da PM foram danificados, segundo registro da Polícia Civil. Alunos também se feriram.

Ainda na noite desta quinta, universitários invadiram a sala da administração da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) para protestar contra a ação da PM. Eles informaram que só vão deixar o local quando a polícia parar de patrulhar a USP. Um convênio firmado neste ano entre a universidade e a Polícia Militar permitiu que a corporação realize rondas no campus. O acordo foi feito após a morte do aluno Felipe Ramos de Paiva, de 24 anos, durante tentativa de assalto em maio.

Seis veículos das polícias Civil e Militar foram danificados durante a manifestação ocorrida dentro da Universidade de São Paulo (USP) na noite desta quinta-feira (27), de acordo com o boletim de ocorrência registrado na Central de Flagrantes da 3ª Seccional. Os alunos invadiram o prédio da administração da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) após confronto com a PM.

O conflito teve início após a prisão de três estudantes que portavam maconha no campus da universidade. Os alunos foram detidos por volta das 19h por policiais militares. Segundo a PM, eles estavam próximos a um carro, onde foi encontrada uma porção da droga. No momento em que os policiais foram levar o trio para o 91º DP, onde a ocorrência seria registrada, estudantes das faculdades os impediram. Os três, então, foram levados pelos colegas até um dos prédios.

Quando finalmente os alunos eram conduzidos para a delegacia, os estudantes cercaram o carro da Polícia Civil. Houve bate-boca. Alunos jogaram um cavalete de trânsito em cima dos policiais, que reagiram com golpes de cassetetes e bombas de gás lacrimogêneo. Estudantes começaram, então, a jogar pedras e dar chutes nos PMs. Carros da corporação e de estudantes foram atingidos.


RELEMBRE:Estudante morre baleado dentro da USP

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FOTOS:A dor da perda

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7 out. 2011 – A estudante de biologia da USP (Universidade de São Paulo) ... Já foi assaltado dentro na USP? ... Estudante é assassinado no campus ...

Universitário é baleado em tentativa de assalto e morre dentro da USP www.blogdomarcelo.com.br/.../universitario-e-baleado-em-tentativa-...Em cache
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19 maio 2011 – Marcadores: aluno, assalto, assassinato, campus, estudante, família, insegurança, morte, polícia, são paulo, universidade, usp, vídeo, ...
Não frequente a USP. Não é seguro.
Postado por Rafael Sola de Paula de Angelo Calsaverini
Todos já devem ter ficado sabendo da tragédia anunciada que aconteceu no estacionamento da FEA ontem a noite. Um estudante reagiu a um assalto e foi baleado na cabeça, morrendo no local.

A USP é erma, cheia de rotas de fuga, frequentada por gente razoavelmente bem remunerada, sem polícia, com pouca iluminação pública,… é um belo convite. E esse convite foi respondido com um recente aumento do número de ocorrências no campus. Parece óbvio que uma quadrilha de sequestros relâmpago têm agido na Cidade Universitária desde o começo do ano, além de outros assaltos e ocorrências. Era uma questão de tempo até que alguém reagisse e fosse baleado.

Não é a primeira vez que a USP passa por uma onda de crimes (houve uma onda de estupros em 2002) e não é a primeira vez que alguém morre na USP, e nem é a primeira vez que alguém é baleado.

De um lado, assim como nas ocasiões passadas, a resposta da Reitoria é de que não pode fazer nada sem o aval do Conselho do Campus. De outro, sabemos que há um setor da universidade – que apesar de minoritário é bastante barulhento, e parece ter influencia nos conselhos que decidem esse tipo de coisa – que é absolutamente contra qualquer presença policial no campus.

É difícil para mim entender porque algumas pessoas associam qualquer presença da PM, mesmo com uma simples ronda preventiva, com repressão ideológica. Será que elas acham que os policiais vão entrar nas salas de aula para checar que tipo de conteúdo está sendo ensinado? Será que vão confiscar livros suspeitos na biblioteca? Será que pessoas serão presas por serem filiadas a partidos de esquerda? A fantasia uspiana é tão densa que causa paranóias poderosíssimas.

Também é difícil para mim entender como o reitor pode ser tão fraco e bunda-mole. Ele é responsável pela administração dessa universidade e, ainda que não caiba a ele tomar decisões finais, ele tem poder de influenciar os conselhos responsáveis por essas decisões. Eu não consigo acreditar que ele tenha tão pouco poder como afirma. Afinal, ele foi capaz de invocar poderes externos para ser nomeado reitor mesmo sem ter sido eleito... Pouco influente ele não é.

Enfim. Nada vai mudar. A USP continua a mesma ilha da fantasia, anacrônica, ideologicamente congelada no tempo, com a mesma administração fraca e inapta de sempre, lentamente desmoronando, no ritmo uspiano de sempre.


Por isso ouça meu conselho: não frequente a USP. Não é seguro, e não vai se tornar seguro tão cedo.

25 de outubro de 2011

a memoria de meu filho Nélio ,que Deus o tenha em lugar Maravilhoso.

Eu o Amei o Suficiente...



Meus filhos, um dia, quando vocês forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e as mães, eu hei de lhes dizer:
Eu os amei o suficiente para ter perguntado aonde vão, com quem vão e a que horas regressarão.
Eu os amei o suficiente para não ter ficado em silêncio e fazer com que vocês soubessem que aquele novo amigo não era boa companhia.
Eu os amei o suficiente para fazê-los pagar as balas que tiraram da mercearia e os fazer dizer ao dono: Nós roubamos isto ontem e queríamos pagar.
Eu os amei o suficiente para ter ficado em pé junto de vocês por uma hora, enquanto limpavam o seu quarto; tarefa que eu teria realizado em quinze minutos.
Eu os amei o suficiente para deixá-los ver, além do amor que eu sentia por vocês, o desapontamento e também as lágrimas nos meus olhos.
Eu os amei o suficiente para deixá-los assumir a responsabilidade das suas ações, mesmo quando as conseqüências eram tão duras que me partiam o coração.
Mais do que tudo, eu os amei o suficiente para dizer-lhes não, quando eu sabia que vocês poderiam me odiar por isso.
Essas eram as mais difíceis batalhas de todas. Estou contente... Venci... porque no final vocês venceram também!
E, qualquer dia, quando meus netos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e as mães, meus filhos vão lhes dizer quando eles lhes perguntarem se a sua mãe era má: Sim... Nossa mãe era má. Era a mãe mais má do mundo. As outras crianças comiam doces no café da manhã e nós tínhamos de comer pão, queijo, leite.
As outras crianças bebiam refrigerante e comiam batatas fritas e sorvete no almoço e nós tínhamos de comer arroz, feijão, carne, legumes e frutas.
Ela nos obrigava a jantar à mesa, bem diferente das outras mães, que deixavam os filhos comer vendo televisão. Ela insistia em saber onde nós estávamos a toda hora. Era quase uma prisão.
Mamãe tinha que saber quem eram os nossos amigos e o que nós fazíamos com eles. Insistia que lhe disséssemos quando íamos sair, mesmo que demorássemos só uma hora ou menos.
Nós tínhamos vergonha de admitir, mas ela violou as leis de trabalho infantil. Nós tínhamos de lavar a louça, fazer as camas, lavar a roupa, aprender a cozinhar, aspirar o pó do chão, esvaziar o lixo e todo o tipo de trabalhos cruéis.
Eu acho que ela nem dormia à noite, pensando em coisas para nos mandar fazer.
Ela insistia sempre conosco para lhe dizer a verdade, e apenas a verdade.
E quando éramos adolescentes, ela até conseguia ler os nossos pensamentos. A nossa vida era mesmo chata. Ela não deixava os nossos amigos tocarem a buzina para que nós saíssemos.
Tinham de subir, bater na porta para ela os conhecer. Enquanto todos podiam sair à noite com doze, treze anos, nós tivemos de esperar pelos dezesseis.
Nossos amigos dirigiam o carro dos pais, mesmo sem ter habilitação, mas nós tivemos que esperar os dezoito anos para aprender, como pede a lei.
Por causa da nossa mãe, nós perdemos muitas experiências da adolescência. Nenhum de nós esteve envolvido em roubos, atos de vandalismo, violação de propriedade, nem fomos presos por nenhum crime.
Foi tudo por causa dela. Agora já saímos de casa. Somos adultos, honestos e educados, e estamos fazendo o possível para ser, também, "pais maus", tal como a nossa mãe.
Eu acho que este é um dos males do mundo de hoje: não há suficientes mães más como a nossa mãe o foi...

16 de outubro de 2011

Como a violência tem levado à morte os jovens brasileiros nas capitais, Estados, grandes conglomerados urbanos e municípios

O Observatório das Violências Policiais-SP é um sítio voltado para a documentação da violência institucional no Estado de São Paulo, expressa pela ação de policiais e de outros agentes do Estado contra as populações pobres das periferias urbanas. Contém um banco de dados de casos de violências (chacinas, execuções sumárias, torturas, mortes sob custódia, abuso de poder, injustiças) baseado essencialmente em notícias de cerca de 100 jornais. Contém ainda a lista mensal de mortos por policiais e homens encapuzados em chacinas. Pretende ser um espaço de memória desses anônimos torturados e mortos na tragédia social cotidiana. Contém ainda denúncias, notícias de protestos, documentos, relatórios, artigos, entrevistas, legislação, bibliografia e comentários sobre obras culturais que tratam da violência sofrida pelas populações urbanas pobres.

Na verdade, "a política de confronto", nome que está sendo dado às execuções sumárias praticadas por forças policiais institucionais, à margem de qualquer investigação que demonstre a situação de confronto e de legítima defesa, é praticada em todos os estados da Federação, em maior ou menor grau. É a aplicação de uma pena de morte inexistente na legislação brasileira, sujeita ao arbítrio policial. Mas uma coisa é certa: essa política só se exerce em certos territórios da nação. Em todos os estados da Federação, ela só se aplica nos locais onde se concentram as camadas pobres da população, com grande presença de negros. E em cada estado ela toma uma forma.
Uma radiografia das mortes violentas de nossos jovens
Como a violência tem levado à morte os jovens brasileiros nas capitais, Estados, grandes conglomerados urbanos e municípios? Ajudar a encontrar resposta a essa pergunta é uma das propostas do Mapa da Violência 2011 – Os Jovens do Brasil, lançamento conjunto do Ministério da Justiça e do Instituto Sangari, braço social da Sangari.


veja aqui:



http://www.ovp-sp.org/index1.htm



veja aqui: