19 de novembro de 2017

https://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/ex-pm-e-condenado-a-14-anos-por-matar-estudante-ao-confundi-lo-com-ladrao.ghtml

https://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/ex-pm-e-condenado-a-14-anos-por-matar-estudante-ao-confundi-lo-com-ladrao.ghtml                                                                                                                                     m ex-policial militar foi condenado a 14 anos de prisão por executar a tiros um universitário vítima de um roubo em 2004, na Zona Leste de São Paulo. Em julgamento realizado na semana passada, a maioria dos jurados considerou que o ex-soldado Genivaldo Geraldo de Oliveira teve a intenção de matar o estudante de direito Nélio Nakamura Brandão.
Há 13 anos, Genivaldo era um dos cinco agentes da Polícia Militar (PM) que participaram da ação que resultou nos assassinatos de Nélio e de um dos criminosos que levou o carro dele: Alexandre Roberto Azevedo Seabra da Cruz.
O crime ocorreu na madrugada do dia 13 de setembro de 2004. Segundo a acusação, Genilvado matou Nélio por confundi-lo com os assaltantes que haviam levado seu veículo. De qualquer modo, o Ministério Público (MP) entendeu que tanto o universitário quanto Alexandre foram executados. Os dois foram assassinados com três disparos cada.
O estudante tinha 24 anos, mesma idade do homem que foi morto pela PM após roubá-lo. Após ter tido o Fiat Pálio roubado por criminosos que estavam num Ford Courrier, Nélio entrou em casa, pegou um revólver e saiu de moto no encalço dos dois automóveis. Os policiais foram acionados e passaram a perseguir os três veículos.

Júri

O julgamento durou dois dias e terminou na última quinta-feira (26) no Fórum da Barra Funda, Zona Oeste da capital. A sentença condenatória foi dada pela juíza Débora Faitarone.
O soldado da Polícia Militar (PM) Avelino da Silva Custódio, que foi acusado de matar Alexandre, acabou absolvido pelos jurados a pedido do MP.
A Promotoria, no entanto, pretende recorrer à Justiça do tempo da pena dada a Genilvado. “No mínimo, deveria ter sido 18 anos de prisão”, disse nesta segunda-feira (30) ao G1 o promotor Fernando Bolque.
Os dois réus respondiam por homicídio em liberdade. Desse modo, Genilvado poderá recorrer da sentença livre. A reportagem não conseguiu localizar a defesa do ex-PM e do policial para comentarem a decisão judicial. Durante a fase processual, eles negaram o crime.