9 de março de 2010

Lula diz que bandidos também se escondem em AREAS NOBRES DO RIO DE JANEIRO ,E ATÉ EM BRASÍLIA TEM BANDIDOS....


A dois dias da visita de Lula, Rocinha passa por choque de ordem
Quarta-feira começou com limpeza de ruas e intensa articulação comunitária.
Tráfico ficaria na parte alta da favela para não ameaçar segurança do evento.

Aluizio Freire
Do G1, no Rio
Tamanho da letra
A-
Fuzileiros abrem caminho para a comitiva de segurança de Lula na Rocinha (Foto: Aluizio Freire)saiba mais
No Alemão, moradores ainda temem confrontos durante obras do PAC PAC cadastra mais de 16 mil pessoas Exército nega blindados em apoio às obras do PAC Morador de favela teme fogo cruzado por causa do PAC Governo realiza ação para combater irregularidades na Zona Sul
--------------------------------------------------------------------------------**
A dois dias da visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o lançamento das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em três comunidades carentes, a Rocinha, na Zona Sul do Rio, considerada uma das maiores favelas do país, amanheceu na quarta-feira (5) com uma cara diferente.



Veja



Moradores acordaram com um grande mutirão emergencial de limpeza e aviso de que o comércio deverá permanecer fechado. Além disso, os mototaxistas foram avisados que não poderão circular na sexta-feira, durante o evento.



Logo cedo, um batalhão de garis comunitários foi mobilizado para desobstruir tubulações de esgotos e recolher lixo e entulhos acumulados havia muitos dias às margens da Estrada da Gávea, principal via da comunidade.



“Era para ser assim todos os dias. Ou será que só merecemos limpeza e dignidade no dia da visita do presidente?”, questionava o aposentado Francisco Bezerra, 62 anos, que acompanhava a movimentação incomum de caminhões basculantes e máquinas.



Tráfico na parte alta
Ainda pela manhã, equipes da organização do evento começaram a montar o palco, posto de atendimento médico e área restrita para a segurança presidencial, além de muitas recomendações de ordem feitas pelos integrantes da associação de moradores, que se reuniram com autoridades de segurança pública na noite de segunda-feira na Rua 1, no alto da favela, para garantir a tranqüilidade do evento. Um pacto diplomático teria sido fechado nesse encontro. Com isso, a parte da Dionéia para baixo, localidade voltada para São Conrado, não sofrerá interferência de traficantes.


Na quarta-feira, a presença do tráfico não foi percebida. Nem mesmo os conhecidos fogos de artifício, que anunciam a chegada da polícia, foram ouvidos no momento em que os motoqueiros do Corpo de Fuzileiros Navais e membros da comitiva da segurança presidencial ocuparam o Ciep, no trecho onde Lula fará o discurso, na chamada Curva do S.



Deslocamento de helicóptero
Lula deve chegar à Rocinha por volta das 14h, depois de anunciar as obras do PAC no Alemão e em Manguinhos. Segundo o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência, os deslocamentos do presidente e de sua equipe de ministros pelas três favelas serão feitos de helicóptero.

Mas, segundo testemunhas, os "soldados" armados do chefe do tráfico, Antônio Francisco Bonfim, o Nem, continuam na área, mas, agora, respeitando a delimitação acertada na suposta reunião. Pelo acordo, eles devem permanecer na parte alta da favela, para não entrar em conflito com a presença de autoridades e policiais no evento.



Nenhum representante dos governos estadual ou federal confirma a hipótese desse pacto. O governador Sérgio Cabral, inclusive, negou com veemência qualquer tipo de acordo com traficantes.

PELO DISCURSODO LULA NA ROCINHA DEU A MIM A impressão de quem está errado é quem paga impostos, ipva,pedagio,agua,e taxas que todo cidadão paga.!!!!!!!!!!

RIO DE JANEIRO (Reuters) - Em discurso na favela da Rocinha, uma das maiores do Rio de Janeiro, e, palco de constantes confrontos entre policiais e traficantes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira que a presença de bandidos não é exclusividade das comunidades pobres do Brasil.



"É verdade que na Rocinha deve ter algum bandido; é verdade também que no Pavão-Pavãozinho deve ter algum bandido... Quem é que disse que não tem bandido nos prédios chiques de Copacabana? Quem disse que não tem em outros locais importantes desse país?", questionou Lula, que foi aplaudido por uma platéia de cerca de mil pessoas.



"O que é grave é que os perseguidos sempre são os pobres dos morros e não os ricos", acrescentou.



Lula voltou a afirmar que as comunidades pobres do Brasil foram abandonados por governos anteriores e, que seu objetivo é dar dignidade e oportunidades aos menos favorecidos.



"A nossa vinda aqui é um retrato mais fiel de um prefeito, de um governador e um presidente que querem provar que o que as favelas desejam é apenas serem tratadas com o respeito e dignidade que tem outras pessoas", disse Lula durante inauguração de uma unidade hospitalar e um complexo esportivo na Rocinha.



Apesar de estar chegando ao fim do seu governo, Lula, afirmou que ainda se sente vítima de preconceito de parte da elite nacional que até hoje não se conforma em ter sido governada por um metalúrgico sem diploma.



"Todo mundo sabe que eu tenho casco duro, que se dependesse de bordoada não estaria onde estou porque uma parte da granfinagem desse país não aceita que um metalúrgico seja um presidente da República e, que um metalúrgico tem feito mais que eles", disse.



(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier; edição de Alexandre Caverni)

EU SOU DA PAZ E Denis Mizne, diretor-executivo do Instituto Sou da Paz, Eduardo Manoel de Brito, pesquisador do Núcleo de Estudos da Violência da USP

**********
*************************************************************************************