8 de julho de 2011

Sexo na era digital: só uma pessoa basta...


Namorar pela internet, sexo por telefone, ficadas virtuais. Enquanto os seres humanos continuam definindo limites para a luxúria online, uma nova geração tecnológica traz soluções drásticas: graças aos avanços da inteligência artificial, sexo nem sequer requer duas pessoas mais.
Chats online com robôs já enviam mensagens para os usuários de redes sociais ou de sites de namoro. Programas on-line também oferecem namorados virtuais, e videogames criam experiências sexuais em smartphones e outros consoles portáteis.
Segundo a pesquisadora Sherry Turkle, os seres humanos começaram a utilizar a inteligência artificial para satisfazer necessidades emocionais. “Eu encontrei pessoas que estavam interessadas em relacionamentos artificiais, e não estavam sendo irônicas. Elas sentem que os humanos falharam com elas, e que um robô pode ser uma opção segura”, diz.
Namorados virtuais já abundam no Japão, onde jogos que simulam relacionamentos estão bastante populares. “No Japão, as namoradas virtuais são um fenômeno. De fato, existem até resorts onde se pode passar as “férias” com essas mulheres fantasia”, conta Turkle.
Um companheiro virtual pode parecer uma dádiva ao solitário, seja um humano do outro lado da tela, ou um robô. Mas a sua disponibilidade representa um perigo para pessoas em relacionamentos reais, e especialmente para pessoas que preferem a emoção da caçada virtual do que atos sexuais reais.
Por exemplo, as definições de infidelidade evoluíram ao lado da tecnologia. Antes, as pessoas chamavam de infidelidade sinais evidentes, tais como batom na camisa. Agora, a infidelidade não é definida por atos sexuais, mas pelo ato de guardar segredos em um relacionamento.
Essa definição clínica não julga exatamente a moralidade de se masturbar com pornografia online, fazer sexo virtual ou ter uma experiência estimulante de longa distância com parceiros desconhecidos. Em vez disso, o dano é calculado com base em se alguém está sendo honesto com seu parceiro sobre tais comportamentos, e se o parceiro aceita tal comportamento.
Outro problema da tecnologia é que ela garante o fácil acesso para pessoas com problemas de sexo compulsivo; é como ter cocaína no armário de remédios.
E mesmo um relacionamento onde o parceiro concorda com os atos do outro pode sofrer eventualmente. Tome como exemplo um político que faz sexo virtual com outras mulheres. Se isso vem à tona, mesmo que sua esposa esteja ciente, o público não vai deixar quieto. Também não vai ser mais compreensivo se o político estivesse fazendo sexo com um robô, e não com uma mulher real. Estaria a tecnologia simplificando ou complicando os relacionamentos?[LiveScience]
http://hypescience.com/

Os melhores artigos. Os leitores mais inteligentes da internet.

3 comentários:

Unknown disse...

Meu querido amigo, eu devo ser muito retrógrada, pois vejo isso como um sinal do fim dos relacionamentos interpessoais em vários âmbitos: sejam eles de amizade, namoro ou sexo. Deus nos fez seres gregários, justamente porque devemos interargir com nosso próximo, ao vivo, não através de uma máquina! Sou totalmente contra!

Parabéns pelo post!
Um grande beijo e um excelente fim-de-semana!

Paulo Roberto Brandão disse...

Agradecido por sua Nobre vizita.Eu penso igual a você, o que é necessário para duas pessoas se apaixonarem verdadeiramente Há quem se apaixone por aquilo que precisa, ao encontrar uma pessoa que preenche as suas necessidades.tem que ser olho no olho, sentir o cheiro, ouvir voz, Há quem se apaixone pelo que idealiza, quando encontra alguém que representa aquilo que se gostaria de ser um dia. No geral, encontra-se nos apaixonados uma base e um enquadramento comuns - valores, referências, interesses, objectivos, projectos - que, aliados à atracção e química física, constituem assim o terreno no qual a paixão e o amor nascem e crescem.Mais tem que ser ao vivo e a cores. rsrsrsrsr bjs

Samanta disse...

Olá amigo !!!

Vejo este tipo de avanço como um alerta sobre o individualismo e solidão que os seres humanos vem cultivando... Muitos preferem este tipo de relação por ser mais fácil, mas é com os desafios de uma convivência presencial que amadurecemos e nos tornamos mais fortes. Estão adiando isso, em troca de relações que não oferecem decepções, pois não querem ou às vezes não conseguem lidar bem com as frustrações de uma relação normal.
Acho muito perigoso este tipo de conduta, pois afeta de maneira impactante a vida social da pessoa, que escolhe um mundo imaginário ou situações lúdicas para viver...
O ideal é se ter bom senso para utilizar os meios virtuais, mas relações com robôs já é demais pra mim rsrs

adorei o artigo :)
um abraço