31 de agosto de 2010

festas e fotos em sãopaulo -Brasil em 1960.



Autódromo de Interlagos
Endereço: Av. Senador Teotônio Vilela, 261
Bairro: Interlagos
Cidade/estado: São Paulo (SP)
Telefone: (11) 5666 8822
Estacionamento: Não informado
A história do autódromo de Interlagos começa na década de 20, quando teve início o processo de urbanização da cidade de São Paulo.
Em 1926, a empresa imobiliária de construção civil Auto-Estradas S.A. (AESA), dirigida pelo engenheiro britânico Louis Romero Sanson, projetou o bairro Balneário Satélite da Capital, situado entre as represas Guarapiranga e Billings, construídas em 1907 pela Light, para abastecer a cidade com água e energia elétrica.
O ambicioso projeto de Sanson incluía a construção de grandes vias, de um estádio com pista atlética, quadras esportivas, lagos para iatismo e um autódromo. Para a elaboração do planejamento, contratou o urbanista francês Alfred Agache, que havia trabalhado no Plano para Remodelação, Expansão e Embelezamento do Rio de Janeiro. Foi a partir de uma observação de Agache, que achou o local parecido com a cidade Interlaken, na Suíça, que o bairro passou a ser chamado Interlagos.
A quebra da bolsa de Nova York, em 1929, entretanto, afetou o país e frustrou os planos de Sanson. As revoluções nacionais de 1930 e 1932 também contribuíram para a estagnação do projeto.
Mas mesmo em meio à crise, o Brasil começava a despertar para os esportes automobilísticos nessa época. Desde o início do século pequenos campeonatos locais eram organizados por clubes automotivos, e, no dia 8 de outubro de 1933, foi realizada a primeira corrida de automóveis de caráter internacional do país, o 1º Grande Prêmio Internacional da Cidade do Rio de Janeiro. A prova aconteceu no chamado Circuito da Gávea, também conhecido como Trampolim do Diabo, nas ruas da cidade, como era costume na época, com largada na rua Marquês de São Vicente.
O sucesso das corridas do Rio incentivaram a realização do 1º Grande Prêmio Internacional Cidade de São Paulo, no dia 12 de julho de 1936, em um circuito com largada na av. Brasil. A prova, entretanto teve um imprevisto grave: a piloto francesa Hellé-Nice perdeu o controle de seu Alfa Romeo no final da corrida e atropelou o público. O acidente resultou na morte de quatro pessoas e deixou outras 37 feridas.
O acontecimento trágico mobilizou o então diretor do Automóvel Club do Brasil e diretor jurídico do Banco do Comércio e Indústria de São Paulo, Eusébio de Queiroz Mattozo. Matozzo percebeu a urgência em ter um autódromo no país e solicitou a Sanson que acelerasse as obras do circuito de Interlagos.
Sanson fez uma extensa pesquisa sobre os melhores autódromos do mundo, como Indianápolis, Roosevelt Raceway (EUA), Brooklands (Inglaterra) e Monthony (França), e consultou engenheiros e técnicos especializados, além de pilotos experientes.
A construção teve início em 1938 e a pista ficou pronta no final do ano seguinte, com seus 7.960 m da concepção original. Mesmo sem a conclusão de todo o projeto original -que incluía arquibancadas, lanchonetes, banheiros, boxes, torre de transmissão e estacionamento para 10 mil carros-, por falta de recursos financeiros da AESA, o autódromo foi aprovado pelo Automóvel Club do Brasil. Em função das chuvas que assolaram a cidade no período, a inauguração oficial do circuito, prevista para 19 de novembro, foi adiada para o ano seguinte.
O autódromo de Interlagos foi inaugurado no dia 12 de maio de 1940, com o 3º Grande Prêmio Cidade de São Paulo e uma prova de motocicletas. Cerca de 15 mil pessoas compareceram à abertura do primeiro autódromo do Brasil. A corrida foi vencida pelo piloto brasileiro Nascimento Júnior, em um Alfa Romeo 3500 cm³, seguido por Chico Landi em seu Maserati 3000 cm³, e Geraldo Avellar em um Alfa Romeo 2900 cm³
Nos anos seguintes, pilotos de destaque no Brasil, como Landi, Carlos Guinle, Sabbado D'Angelo e Manuel de Teffé, ajudaram a chamar a atenção do mundo para o autódromo de Interlagos.
O circuito sediou sua primeira corrida internacional, a Circuito Internacional de Interlagos, em 30 de março de 1947, com carros Grand Prix, antecessores da Fórmula 1.
O circuito foi administrado pela AESA até 1954, quando foi vendido por um valor simbólico ao comitê de celebração do IV Centenário da Cidade de São Paulo.
Em 1957, a pista foi dividida em dois circuitos: um anel externo, com extensão de 3.205m, para corridas de alta velocidade, e outro, o completo, para provas que exigiam mais habilidade dos pilotos.
No final de 1967, o autódromo foi fechado para reformas e voltou a funcionar em 1º de março de 1970. Em 1971, mais ajustes foram providenciados para a chegada da Fórmula 1 ao país.
Em 30 de março de 1972, o autódromo sediou pela primeira vez uma corrida da categoria. A competição, entretanto, não contou pontos para o campeonato mundial. A corrida foi vencida pelo argentino Carlos Reutemann, seguido pelo sueco Ronnie Peterson e pelo brasileiro Wilson Fittipaldi Jr.
Com o sucesso do evento, o Brasil passou a integrar, já no ano seguinte, o calendário oficial do Campeonato Mundial de Fórmula 1. A primeira prova brasileira aconteceu em 11 de fevereiro de 1973 e foi vencida por Emerson Fittipaldi, seguido pelo escocês Jackie Stewart e pelo neozelandês Dennis Hulme.
Em 1978 a prova foi transferida para o autódromo de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, inaugurado em 1966 e reformado de acordo com exigências da FIA em 1977. No ano seguinte, entretanto, o evento voltou a ser realizado em São Paulo.
Em 1980, a prefeitura de São Paulo não conseguiu liberar os recursos necessários para manter o autódromo no nível mínimo exigido pelas autoridades desportivas, preferindo abrir mão do evento. A prefeitura do Rio de Janeiro aproveitou então a oportunidade e em 1981 o GP do Brasil foi novamente transferido para o circuito de Jacarepaguá, onde aconteceu até 1989.
Nesse período, o autódromo de Interlagos passou por obras de pequeno porte e recebeu uma série de outros campeonatos, como Fórmulas Ford, 2 e 3, Super Vê, Vw e Turismo. Em 1985, o autódromo passou a se chamar José Carlos Pace, em homenagem a um dos grandes nomes do automobilismo nacional, morto em 1977 em um acidente aéreo.
No final de 1989, aconteceu o inverso: a prefeitura do Rio de Janeiro não teve verba para manter o evento e a prefeita de São Paulo na época, Luiza Erundina, e o então presidente da Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA), Piero Gancia, uniram esforços e trouxeram o GP do Brasil de volta para a cidade. O autódromo de Interlagos passou por uma série de reformas, com construção de novos boxes e torre de controle, e o percurso foi encurtado para 4.325 km, de acordo com a tendência atual de circuitos com no máximo 4.500m de extensão.
A reinauguração aconteceu no dia 23 de março de 1990. A corrida foi vencida pelo francês Alain Prost, com o austríaco Gethard Berger em segundo lugar e o brasileiro Ayrton Senna em terceiro. Desde então, melhoramentos têm sido introduzidos a cada ano, mantendo sempre o circuito atualizado, acompanhando a constante evolução do automobilismo.

6 comentários:

Paulo Roberto Brandão disse...

Mais um cartão postal do Vale do Anhangabaú, na capital paulista. Já é anos pelos nacionais.
Dos importados tem: Dodge, Plymouth, Volvo, Morris.
Dos nacionais, os sempre presentes: Fusca e Kombi. Tem um Dauphine também.
Vejam: Paisagem do Anhangabaú ...
guilhermedicin@hotmail.com
E uma Vemaguete tambem.
Bela foto do Anhangabaú e do então Buraco do Adhemar, como era chamada a passagem sob a av. São João e Pça. do Correio. Interessante, a gente sempre acha que os autos antigos eram pretos, o que não era bem assim, na verdade eram bem coloridos! Me parece que os Taxi sim eram pintados de preto na época.
Eu tenho o color chip do Chevrolet 1947/1948 e já pesquisei a cor original na plaqueta de uns 10 desses Chevrolet, por incrível que pareça, nenhum era originalmente preto. Por outro lado desses 10, 6 estavam pretos e os outros 4 pintados em cores modernas, nenhum deles tinha a cor original de fábrica ainda.
Um deles, de um amigo aqui de BHE, hoje está

Paulo Roberto Brandão disse...

PARQUE OU VALE DO ANHANGABAÚ - CONSOLAÇÃO
Oficializado como Parque, este logradouro é mais conhecido como Vale do Anhangabaú. O seu nome é uma referência ao histórico ribeirão Anhangabaú (hoje canalizado), cujas nascentes encontram-se nas proximidades da Rua Paraíso. Seguindo o traçado da Av. 23 de Maio, na altura da Praça da Bandeira, ele recebe as águas do Ribeirão do Bexiga e do Ribeirão Saracura, indo desaguar no Rio Tamanduateí. O nome Anhangabaú, segundo Teodoro Sampaio e outros estudiosos da língua Tupi, significa Rio dos Malefícios, do Diabo ou simplesmente Águas assombradas: de Anhangá (mau espírito) + y (rio). Seu primitivo nome era grafado ora como Anhangavay, ora como Anhangabahy. O vale, por sua vez, até meados do século XIX, estava ocupado por quintais de residências (no lado da atual Rua Líbero Badaró), ou pela "Chácara do Chá" (lado do Teatro Municipal). Porém, com o crescimento da cidade e a consequente remodelação do centro urbano nas últimas décadas do século XIX, o Vale do Anhangabaú se transformaria. Palco de sucessivas transformações que, aos poucos alteraram radicalmente sua paisagem. Em 1892, por exemplo, foi inaugurado o primeiro Viaduto do Chá; em 1906 o Ribeirão foi canalizado e, em seguida, inaugurou-se no local um requintato parque ao estilo europeu.

Paulo Roberto Brandão disse...

EU NASCI EM 1955EM JOÃO PESSÔA -PARAIBA ;CHEGUEI EM SÃO PAULO EM 1960,EU AMO ESTA CIDADE ,AMO AS PESSÔAS QUE VIVEM NELA , AMO OS TURISTA QUE A VISITAM SÃO PAULO É REALMENTE ESPECIAL..
A partir da década de 1940, seu perfil novamente é alterado: paulatinamente, os jardins são substituídos por avenidas de tráfego rápido. Nos anos 50 e 60 são implantadas duas pistas asfaltadas que transformaram o Vale num dos principais eixos de ligação Norte/Sul da cidade. Em 1980 o então Prefeito Reynaldo de Barros, por sugestão do aruiteto Benedito Lima de Toledo, lança um concurso para escolher um novo projeto para o local. Os vencedores foram Jorge Wilheim e Rita Kliass. As obras foram iniciadas na gestão de Jânio Quadros (1986-1988) e o novo Vale do Anhangabaú foi inaugurado pela Prefeita Luiza Erundina em dezembro de 1991. O parque atualmente possui uma área de 50.000m2 e dois túneis com 570 metros cada. As obras consumiram um total de 150 milhões de dólares. Os túneis: Complexo viário localizado no Parque do Anhangabaú e constituído por duas vias subterrâneas: túnel Norte-Sul e túnel Sul-Norte. Como parte do projeto "Novo Vale do Anhangabaú", cujas obras foram totalmente entregues no dia 20/12/1991 pela Prefeita Luiza Erundina, a construção dos dois túneis foram as primeiras obras iniciadas e inauguradas naquele local. O primeiro túnel (Norte-Sul) foi inaugurado no dia 12/12/1988, na gestão do Prefeito Jânio Quadros. O segundo túnel (Sul-Norte) foi inaugurado no dia 31/08/1990, pela Prefeita Luiza Erundina.

Paulo Roberto Brandão disse...

A partir deste sábado, , será possível viajar de São Paulo a Jundiaí em um trem da década de 1960, onde os funcionários estão vestidos com as roupas da época. O percurso de 61 quilômetros é feito pela Linha 7-Rubi da Companhia de Trens Metropolitanos (CPTM) e passa por 15 estações. O trem recebeu o nome de Expresso Turístico.
O passeio ocorrerá somente aos sábados, com saída na plataforma 4 da Estação da Luz, no centro, às 8h30m. O trem tem uma locomotiva de 1952 e dois carros de passageiros de 1960.
A viagem dura cerca de 1h30 min e conta com dois monitores que informam as atrações dos locais. O governo prevê novas linhas turísticas para maio (Mogi das Cruzes) e agosto (Vila de Paranapiacaba).
Os bilhetes são vendidos todos os dias das 6h às 18h30m na bilheteria de acesso à Pinacoteca, no saguão principal da Estação da Luz. Veja as datas disponíveis.
O Expresso sairá da Estação da Luz direto para a Estação Jundiaí, sempre da plataforma 4. As passagens serão vendidas somente na Estação da Luz, por R$ 28 (preço por pessoa, ida e volta). Para grupos de até quatro pessoas, há desconto de 50% para a segunda, a terceira e a quarta passagem. O pagamento pode ser feito somente em dinheiro.

Anônimo disse...

roberto, conheci o seu blogg pq vi vc seguindo o meu assadeira, um blogg de comidinhas que eu tenho. gostei muito daqui, pq sou encantada por fotos de são paulo, antes e depois.
bj. regina.
aaaah!!! sou brandão tb. e, pode apostar, somos parentes.

Alexandre Silva disse...

Roberto, boa noite!
Não conhecia esta história de Interlagos. Obrigado por compartilhar conosco.
Ótimo final de semana.
Abs,
Alexandre Silva