26 de maio de 2010

Marcola é condenado a 29 anos de prisão l;chefiava facção criminosa de sãopaulo BRASIL.


Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, foi condenado a 29 anos de prisão no fim da noite desta quarta-feira (11) acusado de ser um dos mandantes do assassinato de Antonio José Machado Dias, então juiz da Vara das Execuções Criminais e corregedor dos presídios de Presidente Prudente, no interior paulista
O crime aconteceu em 14 de março de 2003, durante uma emboscada, quando o juiz voltava do fórum local para sua casa.
A sentença proferida pelo juiz Alberto Anderson Filho, do 1º Tribunal do Júri da capital, afirma que Marcola não poderá recorrer em liberdade, pois “é reincidente e possui maus antecedentes”.

O julgamento de Marcola teve início às 14h10 desta quarta-feira no Fórum Criminal da Barra Funda (zona oeste) de São Paulo sem a presença do réu. Ele escreveu uma carta de próprio punho pedindo para não participar.
O julgamento
Foram duas testemunhas de acusação e uma de defesa. O primeiro depoimento de acusação foi o do delegado Godofredo Bittencourt, atual responsável pela 7ª Seccional de Polícia Civil de São Paulo, em Itaquera (zona leste), e ex-diretor do Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado) entre 1989 até 2007. Ele disse em depoimento que foi ameaçado de morte por Marcola. Em seguida falou o delegado Rui Ferraz Fontes, também arrolado pela Promotoria para acusação, que, desde 2002 é responsável por investigar as ações da organização criminosa.
Fontes explicou como funciona a hierarquia do bando, suas ações e afirmou que Marcola é o líder do grupo. Por fim falou a única testemunha de defesa de Marcola, o diretor de presídio Luciano César Orlando, que na época da morte de Machado era responsável pelo CDP (Centro de Detenção Provisória) de Presidente Bernardes, no interior de SP, onde estava o criminoso. Ele afirmou que nenhum telefone celular foi apreendido com Marcola.
Os depoimentos foram feitos até por volta das 16h. Depois disso, aproximadamente 40 minutos depois, teve início a acusação feita pelo promotor e a defesa. Talarico falou durante uma hora e meia e mostrou aos integrantes do júri como funciona o crime organizado, o histórico das investigações sobre a facção criminosa que atua nos presídios paulistas e detalhes do processo contra Marcola que o aponta como mandante da morte do juiz. Ele citou documentos, vídeos e fez a acusação com auxílio de um projetor que mostrava imagens dos cinco integrantes da facção já condenados pela morte do juiz. Talarico defendeu a pena máxima a Marcola, de 30 anos de prisão pela morte do juiz.
Em seguida falou o advogado de defesa de Marcola. Parentoni argumentou ao júri que usar documentos que não estão anexados ao processo não podem ser levados em consideração e disse que não há provas no inquérito da participação do seu cliente no crime. Parentoni também criticou declarações dadas à imprensa pelo promotor de Justiça –que dá como certa a condenação de Marcola. Em determinado momento ele disse aos integrantes do júri que o julgamento corria o risco de ser anulado se ele conseguisse comprovar que os jurados estavam “premeditando” a decisão.

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