
Assista aqui motivos para separação:
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É comum verificar que o culpado pelo desenlace matrimonial sofreu as conseqüências de uma união conjugal sem afeto, sem carinho, de uma relação que já havia se acabado. Tendo em vista essas considerações, questiona-se: existe culpado pelo desamor? Não seria o desamor no casamento motivo, mais que relevante, para ensejar a separação judicial?
INTRODUÇÃO.
Atualmente percebe-se que o instituto casamento está acometido de certa instabilidade, demonstrada pelo crescente aumento de separação e divórcio, segundo dados apontados pelo IBGE.
A crise no casamento está ligada a uma série de fatores que se estendem desde os valores fundamentais da sociedade condizentes com a moral e a religião, até a evolução de concepções e mentalidades sobre o casamento e a família que buscam atender a imediata dinâmica dos novos tempos; mudanças de comportamento que prezam a felicidade através da liberdade.
O ordenamento jurídico, atento à essa realidade, já não se opõe à separação de casais, abandonando antigos preceitos que impunham à família estabilidade forçosa e penosa, para o reconhecimento e verdadeiro espaço de afeto e companheirismo. Essa evolução é marcada pelo declínio do patriarcalismo, que se vincula, mais tarde, ao movimento feminista dos anos sessenta, alterando fundamentos morais da sociedade com a redivisão sexual do trabalho pelas mulheres.
Toda essa mudança foi acrescida pelo desenvolvimento e conhecimento psicanalítico que passa a considerar, na relação conjugal, a subjetividade: o que estrutura realmente o casamento são os laços de afinidade, companheirismo e o desejo, sem os quais não há que se falar em sociedade conjugal.
O cotidiano do casamento é muitas vezes uma realidade diferente daquela relação e do cônjuge idealizado. E é nesse momento em que se começa a atribuir ao cônjuge a culpa pelo fracasso da relação.
É comum verificar que o culpado pelo desenlace matrimonial sofreu as conseqüências de uma união conjugal sem afeto, sem carinho, de uma relação que já havia se acabado.
Tendo em vista essas considerações, questiona-se: existe culpado pelo desamor? Não seria o desamor no casamento motivo, mais que relevante, para ensejar a separação judicial?